Foi-se a época em que a maior preocupação dos profissionais de RH era realizar pagamentos de encargos e salários, controlar horários de entrada e saída de funcionários, entre outras funções extremamente manuais e burocráticas. Com o nível de competição cada vez mais acirrado entre as empresas, automatizar e modernizar processos como os citados acima é um caminho sem volta para o departamento de gestão de pessoas. Prova disso é o resultado de uma pesquisa realizada pela consultoria Deloitte em 2017, com mais de 10 mil gestores de diversas áreas e de 140 países, incluindo o Brasil. O estudo mostrou que 56% das empresas vem transformando o RH de suas empresas por meio de ferramentas digitais e móveis. Ainda de acordo com o levantamento, na América Latina, 81% das companhias compreendem o tema “RH digital” como importante ou muito importante. Pois é, novas tecnologias e ferramentas surgem aos montes, todos os dias, para tornar mais simples, prática e produtiva a vida de quem trabalha com recursos humanos. Com a vinda dessas soluções, abre-se cada vez mais a oportunidade de o RH tornar-se o real protagonista no crescimento das empresas, principalmente no que se diz respeito a atração, desenvolvimento e retenção de talentos. Afinal, na era do conhecimento e da informação, são as pessoas que fazem a diferença. É nesse contexto que surge o que foi batizado pelo mercado como RH 4.0. Essa nova tendência chegou para otimizar processos, reduzir erros e extinguir muito do trabalho operacional feito por profissionais de recursos humanos. Quer saber mais? Continue acompanhando este post para entender tudo sobre o conceito e por que ele é tão importante para o plano estratégico da empresa, focando na gestão e crescimento dos colaboradores.
Afinal, o que é RH 4.0?
Essa nomenclatura é derivada da chamada quarta revolução industrial, ou Indústria 4.0, criada por Klaus Schwab, fundador e presidente executivo do Fórum Econômico Mundial. Surgiu por conta do desenvolvimento na manufatura avançada nos últimos anos, que engloba aplicações como automação do trabalho, robótica, inteligência artificial, internet das coisas e inteligência de dados. Uma grande revolução como essa não poderia deixar de influenciar a área de recursos humanos. Tecnologias disruptivas surgem para quebrar paradigmas também no RH, com alterações não somente no lado operacional, mas, principalmente, na gestão de pessoas. Está aí o ponto central: a vinda de ferramental automatizado, que praticamente elimina as funções daquele RH tradicional, direciona o foco para o desenvolvimento das pessoas. Afinal, o talento deve ser o principal ativo de uma empresa, não é mesmo? Hoje, fazer a gestão dos colaboradores passa por preocupações muito maiores e relevantes. Acabou o período em que as pessoas ficavam 10, 20 anos em uma empresa. Portanto, é a valorização e o desenvolvimento do funcionário, não só em competências, mas também no intelecto, que o fará satisfeito no dia a dia, produzindo mais e trazendo os resultados esperados. Exemplo disso é a valorização da diversidade nas organizações, que contempla o debate sobre crenças, etnias, orientação sexual e mediação de gerações. Atualmente, são valores como esses que engajam os profissionais mais jovens, recém-formados ou ainda em formação. Talvez você já tenha ouvido falar de employer branding. Se não, a ideia é que a sua empresa seja um local atrativo para talentos, ou seja, desenvolver a marca da companhia para que seja reconhecida como uma ótima oportunidade de trabalho e, por que não, de satisfação. Abaixo, algumas características consideradas ideais para desenvolver o employer branding e quem tudo a ver com o tema deste post, o RH 4.0:- ser uma empresa que estimula o aprendizado de novidades, que sejam praticadas no curto prazo;
- oferecer uma dinâmica de trabalho capaz de conciliar vida familiar e até mesmo estudos, com horários flexíveis;
- criar um ambiente horizontal, “sem portas”, para que analistas possam debater ideias com diretores de forma natural e colaborativa, por exemplo;
- desenvolver um plano de carreira sólido e que vai ao encontro dos valores do funcionário e da companhia.